Prefeitura Municipal da Estância Turística de Pereira Barreto

Palestra de prevenção contra acidentes com arraias teve mais de mil visualizações na web

Evento também contou com a participação de pescadores presencialmente

Os profissionais da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) e da Universidade Estadual Paulista (UNESP), o Professor Doutor Vidal Haddad Junior e a Professora Mestre Isleide Rocha Moreira, realizaram uma palestra na terça-feira (23). O evento contou com a participação de cinco pescadores presencialmente e visto por mais de mil usuários nas redes sociais.

O encontro aconteceu na Casa da Cultura “Maestro Aristeu Custódio Moreira” e teve como objetivo mostrar os cuidados que os pescadores da Estância Turística de Pereira Barreto precisam ter para evitar acidente.

Além da prevenção de acidentes, a palestra deu orientações gerais, como primeiros socorros e receitas culinárias. Apesar de o foco ter sido voltado aos pescadores, o evento foi aberto ao público e todos os protocolos de segurança contra a Covid-19 foram seguidos por funcionários e pessoas presentes, como o uso de máscara, distanciamento e higienização das mãos.

Para que ocorresse maior participação da população, a Prefeitura Municipal transmitiu ao vivo o evento pelas redes sociais. Quem não conseguiu ver em tempo real, poderá acessar a palestra pela internet. Basta acessar o “prefeituradepereirabarreto” no Facebook e PrefeituraMunicipaldePereiraBarreto no YouTube. Os vídeos já estão disponíveis.

As orientações acontecem por causa do avistamento de arraias em vários pontos do rio Tietê, que começaram no primeiro semestre de 2020. Embora sejam peixes poucos agressivos, eles representam um risco aos banhistas porque podem inocular veneno através de ferrões na cauda, dando necrose na pele e dores intensas.

As arraias hoje são comuns ao longo do rio Paraná e no rio Tietê, onde também não existiam. Em 1982, a extensão do Alto rio Paraná teve profundas alterações por invasão de novas espécies de peixes, devido ao represamento do reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaipu, do qual foi submerso o Salto de Sete Quedas, deixando de ser uma barreira natural para a fauna aquática do baixo rio Paraná. Com isso, as arraias atingiram o trecho médio do rio Paraná. No ano de 2005, com o início das pesquisas sobre as arraias no rio Paraná, os pesquisadores alertaram que a expansão da espécie se estenderia para o rio Tietê devido a Foz com o Rio Paraná.

As arraias são peixes cartilaginosos e não possuem predadores naturais, o ferrão da arraia fica na cauda, são rígidos e serrilhados e contêm muco rico em células glandulares com toxinas que causam inflamação e dor importante nos primeiros estágios e necrose da pele em fases posteriores do envenenamento. Como as arraias tendem a se enterrar na areia, os banhistas podem ser acidentados ao pisarem nos peixes nas praias artificiais utilizadas para lazer no rio Tietê.

Os acidentes ocasionados pelas arraias são considerados traumáticos e peçonhentos devido a lesão puntiforme e a toxina liberada ao romper a fina camada de muco que recobre o ferrão. A maioria dos acidentes acontece com os pescadores ao manusear a rede ou anzol para a retirada da arraia, mas é característica das arraias jovens ficarem em locais menos profundos, podendo ocasionar acidente com banhistas em praias. A vítima se queixa de dor intensa, desproporcional ao tamanho da lesão.

O atendimento imediato pelo serviço de saúde é muito importante, sendo este necessário para inspeção do local lesionado, higienização, antibiocoterapia, vacina antitetânica e encaminhamento para a unidade básica para acompanhamento do curativo devido necrose da pele posterior.

Devido à pandemia da Covid-19, a Praia Municipal “Pôr do Sol” está fechada, portanto, é muito importante que as pessoas tenham muito cuidado ao entrar na água, não somente na praia, mas também em outros locais, como por exemplo os ranchos existentes no município.

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