Picadas de escorpiões podem ser fatais em crianças e pessoas idosas.
São conhecidas cerca de 1.700 espécies de escorpiões em todo continente com exceção da Antártida. 25 espécies são de importância para a saúde pública, sendo que as espécies mais importantes para a Saúde pública é o escorpião Tityus serrulatus (escorpião amarelo) e o escorpião Tityus bahiensis (escorpião preto).
A espécie predominante em Pereira Barreto é o Tityus serrulatus , o escorpião amarelo. Esta espécie é partenogêneses, ou seja, espécies formadas somente por fêmeas que reproduzem sem a necessidade da presença do macho, os óvulos se transformam em embriões.
Os escorpiões vivem em média de 3 a 4 anos e são carnívoros. Sua alimentação é baseada em animais invertebrados, tais como cupins, grilos, baratas, moscas, mutucas e outros, e também de outro aracnídeo, a aranha. Podendo passar até um ano sem comer e consumindo pouquíssima água ou quase nada durante toda sua vida.
Os escorpiões passam o dia escondidos sob pedras, telhas, tijolos velhos, troncos caídos, cupinzeiros, calhas, construções, barrancos, etc. A noite pode esconder-se dentro de calçados ou peças de roupas, provocando acidentes.
Os sintomas de uma picada de escorpião é a dor local da ferroada, uma dor imediata intensa que aos poucos vai se espalhando, podendo ocasionar febre, vômito e suor intenso.
O tratamento inclui a aplicação no local da ferroada de anestésico (lidocaína 2%) e soro antiescorpiônico, além da avaliação médica, ficando o paciente em observação no período de seis horas para os devidos tratamentos hospitalares. Vale lembrar que a identificação do escorpião facilita o diagnóstico e o tratamento.
Os acidentes com escorpiões podem ser fatais em crianças devido a menor massa corpórea das mesmas e em pessoas idosas pelo estado natural de velhice. A toxidade do veneno depende de diversos fatores, principalmente a espécie do escorpião e a quantidade de peçonha injetada (liquido tóxico).
Veja dicas de como evitar esses animais:
– Manter limpos quintais e jardins, não acumulando folhas secas, lixo domiciliar e acúmulo de entulhos de materiais de construção;
– Remanejar, periodicamente, com luvas de couro, materiais de construção que estejam armazenados;
– Evitar plantas ornamentais densas, arbustos e trepadeiras junto a paredes e muros das casas;
– Examinar roupas em geral, calçados, toalhas de banho e de rosto, antes de usá-las;
– Manter berços e camas afastados das paredes e evitar que mosquiteiros e roupas de cama encostem no chão;
– Limpar terrenos baldios situados nas redondezas de imóveis ocupados;
– Eliminar superfícies que estejam sem revestimento, umidade e vazamentos;
– Tampar caixa de gordura e telar ralos e tubulações;
Caso alguém aviste, ou mesmo sofra algum acidente com um escorpião, o ideal é que o cidadão leve o animal até a UBS mais próxima para o preenchimento da ficha de notificação de escorpião. A ficha é disparada para a Equipe Municipal de Vetores que vai até o local da notificação, orienta sobre as medidas preventivas e realiza a pulverização, fazendo uma barreira protetiva com o inseticida DEMAND nas residências. Se na quadra for registrada somente uma notificação, é realizada a pulverização do local do notificante e os dos vizinhos que fazem divisa com o imóvel. Se houver mais de duas notificações na quadra, esta é pulverizada por inteira.
A utilização de inseticida não elimina a maioria dos escorpiões, portanto, só será eficiente com a adoção permanente das medidas preventivas recomendadas acima.