Alimentação é fundamental para evitar doenças e ter uma boa qualidade de vida.
Em 2050 as estatísticas mostram que o Brasil será um país velho, quando a população terá 63 milhões de idosos. Se em 1980 eram 10 idosos para cada 100 jovens, em 2050 serão 172 idosos para cada 100 jovens.
Com relação ao envelhecimento, o idoso apresenta alteração da imunidade e está propenso à maior risco de infecção. Características pessoais, questões sociais, dificuldades de higienização e alimentação também influenciam no envelhecimento do indivíduo.
É importante ressaltar que o envelhecimento não começa aos 60 anos e sim desde quando o feto está no útero da mãe. Os hábitos saudáveis de vida desde a infância vão determinar a saúde do idoso.
A qualidade de vida dos idosos está relacionada à possibilidade de se cumprir funções diárias básicas adequadamente, se sentir bem e viver de forma independente. O envelhecimento é caracterizado por uma série de modificações fisiológicas e psicológicas que estão relacionadas, por sua vez, com alterações no estado nutricional.
A boa alimentação é uma preocupação constante também para a terceira idade, pois uma série de fatores que podem causar deficiências importantes para o organismo, como:
• Problemas odontológicos;
• Problemas de deglutição;
• Perda ou diminuição do paladar e do olfato;
• Problemas psico-geriátricos: principalmente depressão, tristeza, desânimo, apatia e solidão;
• Uso de muitas medicações que podem trazer muitos efeitos colaterais e perda de apetite;
• Não ter quem prepare as refeições, levando o idoso a preferir alimentos de mais fácil preparo e consumo, o que na maioria das vezes são alimentos industrializados ricos em calorias e açúcar, pobres em vitaminas e proteínas.
É importante ressaltar que a alimentação saudável é imprescindível não só na terceira idade, mas em todas as fases da nossa vida. Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm vitaminas, fibras e outros nutrientes, que auxiliam as defesas naturais do corpo e devem ser ingeridos com frequência. Além de ter uma dieta fracionada (comendo de 3 em 3 horas) e optar por métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura, ensopados, guisados, cozidos ou assados. Os bons hábitos alimentares vão funcionar como fator protetor se forem adotados ao longo da vida.
Outro aspecto, não direcionado a alimentação, mas que garante uma boa qualidade de vida ao idoso é o suporte social. As relações pessoais que ele conseguiu manter, o trabalho e as condições financeiras vão ser diretamente ligados ao envelhecimento.
Quando se vive mais, há mais chance de ter uma doença crônica, daí a preocupação para que haja controle e prevenção. O indivíduo pode viver com hipertensão e diabetes, por exemplo, mas precisa ter controle e tratamento adequados.
Para evitar doenças e ter uma boa qualidade de vida é preciso ter uma alimentação adequada, com a presença de todos os grupos alimentares, principalmente de frutas, verduras, leite e vitaminas, já que o idoso tem naturalmente falta de vitamina B. O exercício físico para aumento da força e da massa muscular também está diretamente relacionado à saúde do idoso. A partir dos 40 anos, a chance de ter um melhor envelhecimento está ligado a hábitos saudáveis.