Apneia do sono pode levar as pessoas a desenvolverem doenças

A apneia é um problema médico grave, com probabilidade de alterar a vida da pessoa e que pode contribuir para certos transtornos que podem colocar a vida em perigo.

 

 A apneia do sono, o Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), é uma doença crônica, evolutiva caracterizado pela obstrução parcial ou total das vias, causando paradas repetidas e temporárias da respiração enquanto a pessoa dorme. A respiração cessa porque as vias aéreas colapsam, impedindo que o ar chegue até os pulmões.

 

Entende-se por apneia a interrupção completa do fluxo de ar através do nariz ou da boca por um período de pelo menos 10 segundos nos adultos. Já a hipopneia é a redução de 30% a 50% do fluxo de ar.

 

A apneia pode ocorrer por vários fatores: os músculos da garganta e língua relaxam mais do que o normal, as amídalas e adenoides são grandes, a pessoa está acima do peso (o excesso de tecido mole na garganta dificulta mantê-la aberta), ou o formato da cabeça e pescoço resulta em menor espaço para passagem de ar na boca e garganta.

 

Entre os principais sintomas da apneia estão ronco e sonolência diurna, embora muitos pacientes não os percebam. A sonolência diurna é explicada pelas interrupções do sono causadas pela falta de oxigênio. Outros sintomas da apneia são: acordar com sensação de sufocamento, ofegante, com dor no peito ou desconforto, confuso ou com dor de cabeça; sentir boca seca ou dor de garganta pela manhã; alterações na personalidade; dificuldade de concentração; e irritabilidade.

 

A apneia do sono aumenta a probabilidade do paciente desenvolver algumas doenças. Está associada ao aumento do risco de hipertensão, insuficiência e arritmia cardíacas, derrame e diabetes. A apneia obstrutiva do sono (SAOS) acomete aproximadamente 30% da população adulta mundial. A maior parte dos pacientes, entre 85% e 90%, convive com a doença sem receber o diagnóstico e continua sem tratamento.

 

Nem todo mundo que ronca tem apneia do sono, sendo que ele é apenas um dos sintomas da doença. O diagnóstico médico é feito por meio de um exame chamado de polissonografia, que é o monitoramento do sono por equipamentos eletrônicos. O exame clínico é indicado para que seja avaliada a condição do trato respiratório do paciente e deve ser feito por um médico com especialização na área.

 

Mudanças nos hábitos de vida podem contribuir muito com a melhora da apneia do sono. Perder peso, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, dormir de lado, evitar consumo de comidas pesadas antes de dormir, evitar o cigarro 4 horas antes de deitar e elevar a cabeceira da cama entre 15cm e 20cm são algumas medidas simples que podem evitar problemas futuros.

 

A apneia é um problema médico grave, com probabilidade de alterar a vida da pessoa e que pode contribuir para certos transtornos que podem colocar a vida em perigo, mas, que por sua vez, pode ser identificada facilmente e tratada efetivamente. Com o tratamento, a respiração adquire um ritmo regular, os roncos cessam, um sono tranquilo é estabelecido e a qualidade de vida melhora.

 

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