Meu vício, meu céu, meu chão.
Solstício do coração.
Presas na boca, minhas presas loucas
Se apressam em morder seus lábios.
Tesa e rouca, tinha acesa poucas
Velas mortas sobre os alfarrábios.
Quis te beber em gotas,
Fiz do teu seio meu rincão.
Com tuas vestes rotas
Eu vagueio na escuridão.
Meu vício, meu céu, meu chão.
Solstício do coração.
Vinho nas taças, meu espinho abraça
Tua pele, teus pelos castanhos.
Linhos, vidraças, pergaminhos, praças
Testemunham nosso amor estranho.
Quis te beber em gotas,
Fiz do teu seio meu rincão.
Com tuas vestes rotas
Eu vagueio na escuridão.
A luz de néon a nos iluminar.
Antenas, semáforos, anjos no altar
São todos por nós – todos por nós.
No beijo, o veneno que nos faz corar
Escorre pelo corpo até se transformar
Num doce algoz – doce algoz.
Meu vício. Meu vício, meu vício, meu vício
19º Festival de MPB de Pereira Barreto
12, 13 e14 de maio de 2022, às 20h,
Praça da Bandeira Comendador Jorge Tanaka
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