Outra vez
Tento ser outra e ver
Se desmanchar meu ser
Outra vez
Te espero e me esmero
Em ser o espelho em que te vês
Quando chegar em minha casa
Vai brilhar enquanto apago em mim a luz
Erguer seu mundo e desdenhar a minha cruz
Vai ser o sábio tanto quanto eu não me opor
Vai ser o forte tanto quanto eu frágil for
Com flores brancas
Me paga a janta
E no vermelho da parede da minha pele
Vem jogar a sua cal
Sugere a cor que no meu tempo de criança
No meu quarto era normal
Quem foi que disse que eu tenho que ser rosa?
A minha cor é encarnada e bem viscosa
O cão danado nos meus olhos
Meu sapato, meu vestido, minha luz
Trazem o rubro retirado do infernal
O meu sangue desce ferve fertiliza
E nasce em mim o fruto novo da minha velha ancestral.
E mais um homem vai embora…
19º Festival de MPB de Pereira Barreto
12, 13 e14 de maio de 2022, às 20h,
Praça da Bandeira Comendador Jorge Tanaka
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