Eu pensei que as palavras
Se perdessem no infinito
As que vêm num só sussurro
As que vão em um só grito
As que estão nas mãos em concha
As que teu olhar tem dito
Aquelas que os bons inventaram
Pra todos nós, por sermos benditos
Eu pensei que a poesia
Com o seu ardor rimado
Não trouxesse algaravia
Não contasse o não contado
Não rugisse como onça
De um jeito bem cadenciado
E dormisse no fundo da alma
Pra acordar num baião delicado
Mas elas dormem nos ouvidos
São as mesmas , diferentes
As senhoras dos sentidos
Sedutoras, reluzentes
E poderosas, com certeza
Se atiçam com delicadeza
A entranha de uma emoção
Mesmo que estejam contra a correnteza
Um baião, lacrimejado de riso feliz
Baião, triangulado de sonho e raiz
Baião, filho sonoro do encontro que eu fiz
Com a linda, divina palavra
E a poesia gerando e parindo o que diz
Um baião com a leveza de alegres balões
Baião, da cor da pele do compositor
Baião , com o pulsar de outros mil corações
Palavra e poesia são mães que, assim
Me fizeram compor delicados baiões
19º Festival de MPB de Pereira Barreto
12, 13 e14 de maio de 2022, às 20h,
Praça da Bandeira Comendador Jorge Tanaka
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