Alimentação saudável e atividade física regular são forte aliadas para manutenção do peso saudável.
A obesidade e o sobrepeso em homens aumentam ano a ano. Os dados da pesquisa Vigitel (Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde, apontam que 48,6% dos homens estão com sobrepeso e 13% estão obesos. O levantamento foi realizado pelo telefone, em 26 capitais e Distrito Federal, com mais de 54 mil pessoas. O brasileiro tem seguido uma tendência mundial: 10% da população adulta – estimada em meio bilhão de pessoas – sofrem desse mal.
E os homens ainda apresentam uma desvantagem: a testosterona produzida faz que o corpo masculino acumule mais gordura no abdome, a chamada de gordura visceral que fica acumulada entre os órgãos, deixando um aspecto de “barriga de cerveja”, mesmo que a pessoa não beba. A gordura visceral, além de ser mais prejudicial do que a subcutânea, traz também vários riscos para a saúde, pois a testosterona produz citocinas que são proteínas que aumentam pressão arterial, colesterol, ácido úrico e glicose.
A obesidade está ligada a vários fatores: sociais, comportamentais, ambientais, culturais, psicológicos, metabólicos e genéticos. Mas as principais causas são a adoção de um estilo de vida sedentário, dietas ricas em açúcar e gorduras, e pobres em frutas, verduras, legumes e grãos. Ou seja, muito do problema está no que se coloca no prato: 45% da população consomem carnes com excesso de gordura, mas apenas 15,4% ingerem o recomendado de frutas e hortaliças (3 a 5 porções diárias), segundo a pesquisa Vigitel.
O Ministério da Saúde implantou em 2009 a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem que dá enfoque, principalmente, na questão da alimentação saudável e da prática do exercício físico, pois embora os homens achem que não têm problemas de saúde, é importante que eles visitem as Unidades Básicas de Saúde para receberem o cuidado e as orientações adequadas.
Em disso, sabe-se que a obesidade pode acarretar em outros problemas de saúde mais graves, como infarto, diabetes, hipertensão, aumento de gordura no sangue (colesterol e triglicérides), gota, apneia do sono e infertilidade, e pode levar até a morte. Mas esse quadro pode mudar com hábitos de vida mais saudáveis; como a prática de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada.
Há vários métodos para detectar o excesso de peso, mas a mais simples é o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Para calculá-lo, divide-se o peso (em quilos) pela altura (em metro) ao quadrado. Pessoas que registrarem resultado acima de 30 kg/m² são classificadas como obesas. Entre 25 kg/m² e 29,9 kg/m², o indivíduo está com sobrepeso, ou seja, em risco de se tornar um obeso.
É importante ressaltar que muitos agravos podem ser evitados caso os homens realizem, com regularidade, as medidas de prevenção nas Unidades Básicas de Saúde. A resistência masculina à atenção primária aumenta não somente a sobrecarga financeira da sociedade, mas também, e, sobretudo, o sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família, na luta pela conservação da saúde e da qualidade de vida dessas pessoas.
Para reverter esse quadro, o Sistema Único de Saúde (SUS), atua em cima de três plataformas: a promoção da alimentação saudável, a atenção integral à saúde da população e o estímulo à prática das atividades físicas. Aqueles que já apresentam sobrepeso ou estão obesos podem procurar ajuda nas equipes das Unidades Básicas de Saúde.
Para concluir, a alimentação saudável e a atividade física regular são aliadas fundamentais para a manutenção do peso saudável, redução do risco de doenças e melhoria da qualidade de vida.