Entender… Tormenta e calmaria, tantos vendavais O canto da Jandaia, as quatro estações. Um campo de tulipas e tantos casais A fuga, um contraponto, qualquer coisa assim. O mundo é mister: janelas e porões. Quem vai chegar primeiro, quem vai atrasar? Incerteza…
Por você me perdi no caminho pra te encontrar Cruzei os sete mares, deserto Salar. Fiz da vida moinho um porto de aplacar Forjei noutro compasso um encontro casual Escrevi uma carta, lhe pedi perdão Fiquei a pão e água, um monge, um ermitão. Fiz promessa.
Gira girar… A gira que não gira não faz girar girar A vida que não vira não vai girar, girar. Gira girou!
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Por você amordacei o medo, tomei um navio Desci a corredeira sem me apavorar Criei dia após dia novo desafio Medrei na contenteza, aprendi a nadar Remei minha jangada, conheci o Rio Fiz um colar de pérolas pra te adornar Lá na Índia…
Entendi… Que tudo com o tempo irá desbotar Que nem todo poema é feito pra entreter E se não for de ouro deve azinhavrar E que nossa canção pode deixar de ser Que nem tudo que brilha será um luar Que tudo o que é preciso é saber entender Contemplar.
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