A família é um ponto chave no tratamento terapêutico de pacientes portadores de transtornos psiquiátricos e dependentes químicos

Os familiares tornam-se essenciais no processo de tratamento do doente, no entanto necessita saber como lidar com as situações estressantes.

 

 O ser humano é cobrado e influenciado pelo meio social em que vive, e este meio também determina como ele deve agir pensar e se comportar. Se o indivíduo foge as normas sociais consequentemente ele é punido por essa mesma sociedade e até por ele mesmo.  Sendo assim a pessoa é submetida a alto nível de estresse saindo as vezes do “Normal” para a “Loucura”.

 

A Assistente Social da Equipe de Saúde Mental da Prefeitura da Estância Turística de Pereira Barreto, Valmira Bezerra Guedes Souza, falou mais sobre o tema com o objetivo de promover uma reflexão sobre a importância da família durante o tratamento terapêutico, como um suporte no que se trata dos cuidados básicos e essenciais ao paciente.

 

Como a família pode ajudar?

A família em muitos casos faz parte do processo de exclusão do doente, muitas vezes por medo, desconhecimento, ou simplesmente pelo estigma de ter em seu convívio familiar um doente tido pela sociedade como alguém sem capacidades, louco ou drogado. Percebemos as dificuldades e a carga psicológica na qual as famílias estão expostas, porem é essencial, todo e qualquer apoio nestes casos, sendo de suma importância seu envolvimento e participação durante todo o tratamento terapêutico vivenciado pelo paciente ao longo de sua internação, a fim de conhecer e entender melhor a problemática.

 

Qual é o papel da família no processo terapêutico do paciente?

Primeiramente, definir o que é família. É um conjunto de pessoas que se encontram ligadas por laços afetivos, tem objetivos em comum, e um funcionamento específico.

 

O apoio da família é importante?

Sim, sendo mais importante durante o tratamento, porém esse papel no trato com o doente não é fácil, pois vários sentimentos que ela pode apresentar diante dessa situação, tais como culpa preconceito e incapacidade. Além do preconceito que os portadores de transtornos mentais e dependentes químicos sofrem na sociedade, eles também são submetidos aos da família, que se sente envergonhada pela sociedade, pelo simples fato de não terem conseguido formar um indivíduo “saudável” e preparado para cumprir com suas obrigações sociais.

 

Na família quais os fatores que provocam recaídas?  É importante a família conhecer sobre a doença?

Os familiares tornam-se essenciais no processo de tratamento do doente, no entanto necessita saber como lidar com as situações estressantes, evitando comentários críticos ao paciente ou se tornando exageradamente super protetores, são esses dois fatores que provocam recaídas. Importante que os familiares dosem o grau de exigências em relação ao paciente, exigindo assim mais do que pode realizar em dado momento, porém sem deixá-lo abandonado, o em participação na vida familiar.

 

Conhecendo melhor a doença e tendo um diagnóstico claro, a família passa a ser um aliado eficiente em conjunto com a medicação e a terapêutica trabalhada pela equipe multiprofissional.  

 

A família quanto à equipe responsável pelo paciente necessitam estar alinhadas objetivando adquirir confiança e vínculo, para que se estabeleça uma relação de confiança e de aceitação ao tratamento, o que ira garantir a efetivação do tratamento e consequente melhora. Podemos perceber que a recuperação de uma pessoa com transtorno mental ou dependente químico é um processo longo, e em muitos casos gradual e lento, no entanto combinando varias abordagens os resultados tornam-se assertivos e em muitos casos satisfatórios.

 

Como ajudar a família a cuidar do doente?

Ao mesmo tempo em que se trata o quadro de doença do paciente, a família deve receber total atenção no sentido de ser orientada em sua abordagem ao paciente ou em sua dinâmica de relacionamento durante o processo terapêutico, visto que em muitos casos a família adoece em conjunto, sendo necessário um processo de escuta, apoio e orientação. Trabalhar com famílias traz a tona traços relacionado à dinâmica funcional familiar muitas vezes já cristalizados ao longo do tempo e que necessitam serem repensados e apreendidos, sendo estes responsáveis pelo agravo da situação doença.

 

É importante que a família sinta que pode fazer algo para ajudar o seu familiar a recuperar-se e mesmo quando não, que seja capaz de compreender a situação e acompanhar o paciente, dando apoio, compreensão, carinho e dedicação.

 

Processo terapêutico

O processo Terapêutico é o momento onde o paciente passa por cuidados efetivos exercidos pela equipe multiprofissional tendo por finalidade o tratamento dos sintomas de sua doença e a manutenção e garantia de sua continuidade ao tratamento tendo o suporte adequado para este fim, visando sua recuperação e melhora.

 

Percebemos que durante o processo terapêutico onde os familiares estão inseridos e participantes, conseguem lidar com menos apreensão e assim oferecer cuidados de melhor qualidade ao doente, principalmente quando estão inseridos em reuniões e ou grupos de famílias ou em outros processos, sendo estes espaços propícios para reflexão, discussão, escuta, troca de vivencias, angustias e orientações, constituindo-se estes como efetivos espaços privilegiados de atendimento familiar.

 

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