A vacina é a melhor forma de prevenção.
Neste período do ano é comum o aparecimento da Varicela (catapora), que uma doença benigna, onde o próprio organismo se encarrega pela Cura, mas que pode calçar mortalidade em Recém-nascidos de mães que contraíram a doença no período de gestação, por tratar-se de uma doença infecciosa sua transmissão se faz de pessoa para pessoa, é muito comum surtos de varicela em escolas, creches, entre outros lugares de aglomerações de pessoas, em Pereira Barreto já começaram a aparecer os primeiros casos de varicela, segundo dados oferecidos pela Vigilância Epidemiológica já foram registrados cinco casos até o momento, mas que podem aumentar rapidamente pela facilidade de propagação, e necessário conhecer a doença, sua forma de contagio , tratamento e as medidas de prevenção e controle.
A varicela ou catapora é uma infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa, caracterizada por surgimento de exantema de aspecto maculo-papular e distribuição centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evoluem rapidamente para pústulas e, posteriormente, forma crostas, em 3 a 4 dias. Pode ocorrer febre moderada e sintomas sistêmicos.
Transmissão
Na era pré-vacina 90% das pessoas suscetíveis desenvolviam a doença primária varicela ou catapora. No contato intradomiciliar a contaminação da doença ocorre em mais de 80% dos propensos em contato menos íntimo (colégio), baixa para 30% das crianças.
A passagem da doença de pessoa a pessoa em uma mesma casa costuma tornar mais grave o quadro. O período de transmissão inicia 24 a 48 horas antes do surgimento das lesões da pele e se estende até que todas as vesículas tenham desenvolvido crostas (casca), usualmente 7 a 9 dias. O tempo que medeia entre o contato e surgimento da doença (incubação) é de 14 a 16 dias, variando entre 10 e 21 dias. A transmissão se dá através do contato aéreo, de via respiratória para via respiratória ou por contato direto com as lesões vesiculares cujo líquido está cheio de vírus.
Sintomatologia
Uma vez alojados no organismo, os vírus começam a se reproduzir, invadem o sangue e produzem os sinais de infecção: febre 38 a 38,5°C, mal estar, perda do apetite, dor de cabeça. Os sintomas são mais ou menos intensos na dependência da quantidade de vírus contaminantes e da capacidade de defesa daquele indivíduo.
Lesões da pele e das mucosas:
Os vírus que estão na árvore respiratória são carregados para a pele e mucosas pela corrente sanguínea. Inicia-se uma reação inflamatória local; aparecem pequenas pápulas avermelhadas com prurido intenso que evoluem rapidamente para pequenas vesículas com líquido cristalino, que acaba se turvando. As vesículas retraem-se no centro e inicia-se a formação de crosta escura (casca). Tudo ocorre em mais ou menos 2 a 3 dias. As lesões surgem em “ondas” independentes o que faz com que haja, no mesmo indivíduo, lesões de variados estágios evolutivos, sendo este achado um dos mais importantes para a confirmação do diagnóstico. O número das lesões é extremamente variável (10 a 1500 em pessoas normais); na média podemos falar em cerca de 300.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é fundamentalmente clínico. O tratamento é dirigido ao abrandamento dos sintomas. É uma doença benigna e a cura se faz por reação do próprio organismo. Atualmente, as complicações mais importantes acontecem por contaminação com bactérias. Mantenha as unhas cortadas e limpas
Unhas compridas alojam bactérias que podem infectar as feridas, que já estão povoadas pelo vírus da varicela (catapora). “Isso pode gerar uma infecção bacteriana sobreposta que se espalha para outras feridas, podendo comprometer tecidos mais profundos da pele e causar infecções graves”. Gestantes recém-nascidos e indivíduos com defesas baixas são casos que necessitam atenção especial.
O tratamento visa basicamente a aliviar os sintomas. Como outras doenças transmitidas por vírus, não há muito que fazer. O importante é evitar a contaminação das lesões por bactérias, o que complica o quadro. Não coçar as feridas diminui o risco de infecções e a formação de cicatrizes.
Medidas Gerais
Lavar as mãos, apos tocar nas lesões potencialmente infecciosas.
Medidas Específicas
Isolamento – Crianças com Varicela não complicada só devem retornar a escola apos sete dias ou até que todas as lesões tenham evoluído para crostas. Crianças imunodeprimidas ou que apresentam curso clínico prolongado só deverão retornar as atividades apos o término da erupção vesicular.
Pacientes internados – Isolamento.
Desinfecção – Concorrente dos objetos contaminados com secreções nasofaringes.
Prevenção
A vacina contra varicela.
Varicela e gravidez
A infecção materna no primeiro ou no segundo trimestre da gestação pode resultar em embrionária. Nas primeiras 16 semanas de gestação há um risco maior de lesões graves ao feto, que podem resultar em baixo peso ao nascer, cicatrizes cutâneas, microftalmia, catarata e retardo mental. Estes quadros configuram a Síndrome da Varicela Congênita.
Varicela perinatal
Os recém-nascidos têm uma mortalidade particularmente alta quando a mãe susceptível contrai varicela próxima à época do parto, mas precisamente nos cinco dias anteriores ao nascimento. A gravidade desta forma da doença é explicada pelo fato do RN receber um grande inoculo do vírus transmitido por via sanguínea e porque não teve tempo necessário para receber os anticorpos maternos. Os recém-nascidos cujas mães desenvolvem varicela de cinco dias antes à dois dias após o parto devem receber profilaxia com imunoglobulina específica contra varicela zoster.