Doença, no Brasil, atinge cerca de 15% da população.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o alcoolismo é uma doença física, espiritual e mental. A medicina ainda não sabe por que algumas pessoas desenvolvem a dependência e outras não.
Sabe-se que herança genética, personalidade e ambiente social também desencadeiam o problema. A dependência química é uma doença crônica, e o tratamento requer uma mudança de atitudes por parte do dependente e sua família.
É também consequência do uso descontrolado e progressivo da bebida alcoólica. É importante saber que o alcoolismo não é moral, o alcoólatra não bebe por ser fraco de caráter, ele bebe porque está doente.
Esses problemas se referem a diferentes áreas: familiares, educacionais, legais, financeiras, médicas e ocupacionais.
Além disso, a doença pode afetar vários órgãos.
“O abuso das bebidas alcoólicas causa uma série de doenças que podem levar à morte. No Brasil, 15% da população é dependente”.
Sintomas e sinais
O álcool é uma droga, portanto, sua dependência causa sintomas de abstinência como tremor, náuseas, sudorese, cirrose, gastrite, palpitações etc. O alcoólatra também apresenta queda da capacidade física e mental. A pessoa tem necessidade de álcool, pensa muito na bebida, passa a beber escondido, as brigas com a família ficam mais freqüentes, falta ao trabalho etc.
Características emocionais
Baixa Autoestima, depressão, irritabilidade, impotência sexual, sentimento de culpa, baixa tolerância, frustração.
Como começa o alcoolismo?
O vício no álcool começa lentamente. Na fase de dependência psicológica, o indivíduo não se considera viciado. Ele acredita que pode parar quando quiser. E como nessa fase o indivíduo não deseja largar a bebida, prossegue até que começa a se prejudicar.
Também, existem, resultados concretos que mostram a influência genética. Eles foram conseguidos observando-se filhos de alcoólatras adotados por casais não alcoólatras.
Quem pode se tornar alcoólatra?
O início da dependência ocorre em torno dos 20 anos ou no final da adolescência, sendo diagnosticada somente em torno dos 30 anos de idade.
Após a quinta ou sexta décadas de vida, o impulso de beber começa a diminuir. “Os homens brancos jovens são os mais afetados pelo alcoolismo “.
A recuperação total depende da percepção e do acompanhamento da família. Diálogo, compreensão e amor ainda são os melhores remédios na recuperação do alcoólatra.
A relação perigosa entre o Álcool e o Medicamento
Ingerir bebida alcoólica enquanto há uso de medicamentos pode ser mais perigoso do que se imagina. O consumo de bebidas alcoólicas influenciam o efeito dos medicamentos aumentando ou diminuindo seu efeito, além de potenciar a ocorrência dos efeitos secundários possíveis.
Antibióticos ou remédios para tratar a depressão, ansiedade, epilepsia, hipertensão arterial, diabetes ou para a coagulação sanguínea, são alguns exemplos de medicamentos que interagem negativamente com o álcool.
Tanto o consumo crônico como ocasional do álcool pode alterar a transformação dos medicamentos, resultando em produtos tóxicos que podem danificar o fígado e outros órgãos.
Alguns exemplos:
Álcool e dipirona: o efeito do álcool pode ser potencializado.
Álcool e paracetamol: Aumenta o risco de hepatite medicamentosa.
Álcool e ácido acetilsalicílico: Eleva-se o risco de sangramentos no estômago. O acetilsalicílico irrita a mucosa estomacal. O que seria um leve transtorno pode ser potencializado pelo álcool.
Álcool e antibióticos: Essa associação, especialmente com alguns tipos de antibióticos, pode levar a efeitos graves do tipo antabuse (o acúmulo desta substância tóxica causa efeitos como vômitos, palpitação, cefaleia (dor de cabeça), hipotensão, dificuldade respiratória e até morte). Por exemplo: Metronidazol; Trimetoprim-sulfametoxazol, Tinidazole, Griseofulvin.
Outros antibióticos como cetoconazol, nitrofurantoína, eritromicina, rifampicina e isoniazida também não devem ser tomados com álcool pelo perigo de inibição do efeito e potencialização de toxicidade hepática.
Álcool e anti-inflamatórios: Aumentam o risco de úlcera gástrica e sangramentos.
Álcool e antidepressivos: Aumentam as reações adversas e o efeito sedativo, além de diminuir a eficácia dos antidepressivos.
Álcool e calmantes (ansiolíticos) e Ansiolíticos (benzodiazepinas): Aumentam o efeito sedativo, o risco de coma e insuficiência respiratória.
Álcool e inibidores de apetite: O uso concomitante com os supressores de apetite não é recomendado visto que pode aumentar o potencial para ocorrer efeitos sobre o SNC, tais como: tontura, vertigem, fraqueza, síncope e confusão.
Álcool e insulina: Pode gerar hipoglicemia, pois o álcool inibe a disponibilidade de glicose realizada pelo organismo, portanto a alimentação deverá ser bem observada, pois com o álcool a única disponibilidade de glicose vem das refeições; vale ressaltar que também pode causar efeito antabuse. Uso agudo de etanol prolonga os efeitos enquanto que o uso crônico inibe os antidiabéticos.
Álcool e anticonvulsivantes: Aumentam os efeitos colaterais e o risco de intoxicação enquanto que diminui a eficácia contra as crises de epilepsia.
Portanto, não combine álcool com:
– Analgésicos, antitérmicos ou anti-inflamatórios: pode causar problemas no estômago
– Antidepressivos: pode aumentar a pressão arterial e diminuir o efeito
– Antibióticos: pode provocar vômitos, dor de cabeça e até convulsão
– Antidiabéticos: pode desencadear hipoglicemia (queda de açúcar no sangue) severa
– Medicamentos cardiovasculares: pode causar vertigens e desfalecimento