Profissionais da área são fundamentais para a manutenção da vida saudável.
Nesta quinta-feira (5) foi comemorado o Dia do Profissional da Farmácia. As atividades relacionadas à farmácia tiveram origem por volta do século X, com as boticas ou apotecas. Nesse período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão. Era função do boticário conhecer e curar as doenças, mas ele deveria cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos apropriados para a preparação e armazenamento dos medicamentos.
Com a propagação da lepra, Luís XIV, rei da França, amplia o número de farmácias hospitalares. E em 1777, Luís XV determina a substituição do termo apoticário por farmacêutico. No século XVIII, a profissão farmacêutica se separa da medicina e fica proibido ser médico e proprietário de botica. Mais adiante, em 1813, foi publicado o primeiro tratado de toxicologia, dando início à moderna farmacologia.
No Brasil, a profissão de boticário surgiu no período colonial. O boticário manipulava os produtos na frente do paciente e de acordo com a farmacopeia e a prescrição médica. Trazido de Portugal pelo governados geral, o primeiro boticário no Brasil foi Diogo de Castro. Isso só foi possível após a coroa portuguesa detectar que no Brasil, o acesso aos medicamentos só acontecia quando novas expedições apareciam com suas esquadras.
Com o tempo as boticas originaram dois novos tipos de estabelecimentos, a farmácia e o laboratório industrial farmacêutico. Na primeira Guerra Mundial, foi desenvolvida a terapia antimicrobiana, que significou avanços em quimioterapia, atibioticoterapia e imunoterapia. Isso tornou o fármaco um produto industrial, aliado às mudanças da sociedade de consumo e objeto de interesses econômicos e políticos.
A partir de 1950, a sociedade passa a dispor dos serviços das farmácias e da qualificação do farmacêutico.
Inspirados na Ordem dos Advogados do Brasil, OAB, os farmacêuticos decidiram criar os Conselhos Federal e Regionais de Farmácia. Muitas alterações foram feitas até que o projeto final foi sancionado com a Lei n°3820, de 11 de novembro de 1960, criando os Conselhos de Farmácia.
A criação de um órgão de fiscalização da ética e da disciplina dos que exercem atividades farmacêuticas era vista pelas lideranças como a salvação da profissão dos farmacêuticos. O fato de, na época, 60% dos farmacêuticos terem mais de 50 anos, associado à existência de apenas três faculdades de Farmácia no estado de São Paulo, levou à conclusão de que se alguma medida não fosse tomada a profissão de farmacêutico estaria ameaçada de morte.
Os primeiros passos para a composição e instalação do Conselho Federal de Farmácia, começaram em meados de 1961. A
sede do CFF foi instalada em São Paulo e foram eleitos o primeiro Plenário e a primeira Diretoria. O CFF criou os primeiros dez Conselhos Regionais na sua Resolução n°02 e os nomeou numericamente
Desde então cabe aos Conselhos inscrever os profissionais, expedir as carteiras e cédulas de identidade profissional, registrar empresas, pessoas físicas ou jurídicas que explorem serviços que necessitem de profissionais farmacêuticos, examinarem reclamações e representações escritas acerca dos serviços de registro e das infrações, fiscalizar o exercício das atividades profissionais farmacêuticas e zelar pela integridade do âmbito profissional.
Alguns Conselhos Regionais exercem campanhas de conscientização e aconselhamento da população a cerca de várias doenças. Além de ser um estímulo ao trabalho do farmacêutico como profissional e educados em saúde, proporciona uma maior esclarecimento à população.
Em sua maioria as campanhas têm como objetivo:
– Orientar sobre a detecção precoce de problemas relacionados ao tema proposto
– Orientar sobre os meios de prevenção
– Incentivar a atuação do farmacêutico em Educação para a Saúde
– Incentivar na comunidade a visão das farmácias e drogarias como estabelecimentos de saúde, onde ele poderá buscar
orientação de um profissional.