Pessoas devem estar atentas ao medicar os idosos

Diversos cuidados devem ser tomados na hora de ministrar medicamentos às pessoas idosas.

 O envelhecimento é um processo normal, individual e gradativo, que caracteriza uma etapa da vida onde ocorrem modificações fisiológicas, bioquímicas e psicológicas em consequência da ação do tempo. É uma fase onde ocorrem manifestações somáticas no ciclo natural da vida, pois se caracteriza pela perda progressiva da capacidade de adaptação e de reserva do organismo diante das mudanças que irão influenciar de maneira decisiva na vida do idoso.  O trilhar do envelhecimento dependerá das trajetórias de vida de cada indivíduo, tornando-se singular e único em alguns aspectos dependendo das vivências individuais.

A Organização Mundial da Saúde classifica cronologicamente como idosos as pessoas com mais de 65 anos de idade em países desenvolvidos e com mais de 60 anos de idade em países em desenvolvimento.

Além de saúde, os idosos precisam de cuidado, atenção, boa alimentação e de um apoio para ajudá-los em suas atividades. É importante ter alguém preparado para garantir sua segurança, mobilidade, boa alimentação, uso de medicação, entre outros aspectos.

– A Administração de Medicamentos em idosos requer conhecimentos específicos?

– Como o uso de fármacos pode ser um problema na saúde dos idosos?

A administração de medicamentos é uma das responsabilidades mais importantes para a melhora de um paciente, familiares e a equipe que o assiste. As drogas constituem meios primários de terapia para pessoas com alterações na saúde, porém qualquer droga pode ser altamente prejudicial se administrada incorretamente. É de fundamental importância que o paciente e/ou seu cuidador esteja ciente de todos os conhecimentos possíveis sobre medicamentos, compreender os seus efeitos, seu uso ou abuso, dosagens corretas, métodos de administração, sintomas de intoxicação e reações anormais que possam surgir no tratamento de várias condições, monitorizando frequentemente as respostas do cliente.

A administração de medicamentos não se restringe apenas a simples administração, mas envolve também a observação por parte de todos as reações da medicação, sejam elas imediatas ou tardias. Para tanto se torna imprescindível a comunicação entre a equipe, o paciente e seus familiares. Deve- se ressaltar todas as alterações que ocorreram com o paciente, alterações essas físicas e comportamentais, observadas ou mesmo relatadas pelo idoso, para que se torne possível fazer um acompanhamento adequado da eficácia da terapia e suas consequências neste indivíduo. Pois há uma tendência em aceitar o uso das drogas como algo comum e sem riscos, não levando muito em consideração as possíveis reações advindas do uso das mesmas.

As drogas utilizadas pelos idosos podem provocar efeitos nocivos tanto de comportamento como físicos, razão pela qual o uso de medicamentos não pode ser feito de forma indiscriminada. As reações desfavoráveis no uso de fármacos gera um dos principais problemas de saúde nos idosos. Alguns dos fatores significantes para esta problemática são as prescrições múltiplas, a presença de doenças crônicas que exigem terapia com vários medicamentos a longo prazo, as dosagens inadequadas e as alterações próprias do envelhecimento.

A idade parece atuar nos mecanismos responsáveis pela utilização dos fármacos. A instalação, a intensidade e a duração da reação do paciente acham-se na dependência de variações individuais no grau e taxa de: 1) Absorção no local de administração; 2) Distribuição dentro do corpo; 3) Metabolismo; 4) Eliminação para fora do corpo. Há indícios cada vez maiores de que esses fatores mudam com a idade, o que pode acarretar um risco para efeitos indesejáveis. Seguem alguns fatores fisiológicos dos idosos que irão favorecer a toxicidade:

– A absorção das drogas está alterada pela demora no esvaziamento gástrico, diminuição da motilidade gástrica, diminuição na eficácia nos sistemas de transportes celulares e na diminuição do fluxo sanguíneo gastrointestinal;

– As alterações na distribuição de drogas incluem menor tamanho corporal e diminuição da massa muscular, como também pela diminuição do conteúdo de água corporal e diminuição do débito cardíaco;

– O metabolismo está reduzido devido à diminuição do fluxo sanguíneo para o fígado, pela diminuição do tamanho do fígado, e pela diminuição da atividade enzimática, levando a uma ação prolongada do medicamento;

– A excreção das drogas está reduzida devido ao declínio da função renal, independente de qualquer nefropatia. A lentificação da depuração da droga aumenta a meia vida do fármaco no organismo.

Todos esse fatores combinados contribuem para os feitos das superdosagens no paciente idoso. As dosagens dos medicamentos muitas vezes têm de ser reduzidas e a equipe deve estar atento a qualquer alteração que possa vir a aparecer no paciente idoso.

Considerações finais

É preciso conhecer as peculiaridades dessa parcela da população que necessita de um olhar diferenciado para a promoção de uma assistência de qualidade, livre de riscos, desenvolvendo ações de saúde junto aos idosos com vistas a manter sua independência e autonomia. Um cuidado de qualidade, no que se refere a administração de medicamentos fundamenta-se no compromisso com a qualidade de suas ações, o que requer conhecimentos específicos sobre os fármacos e suas implicações no organismo idoso para a preservação da sua integridade, sendo necessário que cada profissional tenha interesse em atualizar seus conhecimentos. 

Exemplos de interações medicamentosas que podem ocorrer durante a administração:

– Os antiácidos interferem na absorção de outros produtos, para mais ou para menos, dependendo da interação.

– Se o paciente faz uso de medicamentos anticoagulantes e ingerir com ácido acetilsalicílico, poderá provocar hemorragia.

– O ibuprofeno pode diminuir os efeitos de alguns medicamentos como os anti-hipertensivos e diuréticos, por exemplo.

–  O acetominofeno pode aumentar o efeito da varfarina e causar hepatotoxicidade’’

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