Na maioria dos casos, a osteoporose é uma condição relacionada com o envelhecimento e pode manifestar-se em ambos os sexos.
A osteoporose é uma condição metabólica que se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas. Para entender o que acontece, é preciso lembrar que os ossos são compostos de uma matriz na qual se depositam complexos minerais com cálcio.
Outra característica importante é que eles estão em constante processo de renovação, já que são formadas por células chamadas osteoclastos encarregadas de reabsorver as áreas envelhecidas, e por outras células que são chamadas de osteoblastos, cuja função é de produzir ossos novos. Esse processo permanente e constante possibilita a reconstituição do osso quando ocorrem as fraturas e explica por que há mais ou menos a cada dez anos o esqueleto humano se renova por inteiro.
Com o tempo, porém, a absorção das células velhas aumenta e a de formação de novas células ósseas diminui. O resultado é que os ossos se tornam mais porosos, perdendo resistência. Perdas maiores são próprias da osteoporose e podem ser responsáveis por fraturas espontâneas ou causadas por pequenos impactos, como um simples espirro ou uma crise de tosse, por exemplo. Na maioria dos casos, a osteoporose é uma condição relacionada com o envelhecimento e pode manifestar-se em ambos os sexos, mas atinge especialmente as mulheres depois da menopausa por causa da queda na produção de estrógeno.
Entre os fatores de risco que podem levar à osteoporose, destacam-se a história familiar da doença; pessoas da pele branca, baixas e magras; pessoas com deficiência na produção de hormônios; alimentação deficiente em cálcio e vitamina D; baixa exposição à luz solar; imobilização e repouso prolongados; sedentarismo; tabagismo; consumo de álcool e algumas doenças reumatológicas, endócrinas e hepáticas.
A osteoporose é uma doença de instalação silenciosa. O primeiro sinal pode aparecer quando ela está numa fase mais avançada e costuma ser a fratura espontânea de um osso que ficou poroso e muito fraco, a ponto de não suportar nenhum trauma ou esforço por menor que sejam. As lesões mais comuns são as fraturas das vértebras por compressão, que levam a problemas de coluna e à diminuição da estatura e as fraturas do colo do fêmur, punho e costelas. Nas fases em que se manifesta, a dor está diretamente associada ao local em que ocorreu a fratura ou o desgaste ósseo.
Como até os 20 anos 90% do esqueleto humano está pronto, medidas de prevenção contra a osteoporose devem ser tomadas desde a infância e, especialmente, na adolescência, para garantir a formação da maior massa ósseo possível. Para tanto, é preciso colocar em prática três medidas básicas: ingerir cálcio, tomar sol para fixar a vitamina D no organismo e fazer exercícios físicos. Na verdade, essas regras devem ser mantidas durante toda a vida. A atividade física tem efeito protetor sobre o tônus e a massa muscular, que se reflete na melhora do equilíbrio e ajuda a evitar as quedas ao longo da vida.
A osteoporose não é um problema que atinge só as mulheres. Ela afeta também os homens. Nas mulheres, a causa mais comum é a queda na produção de estrógeno depois da menopausa. A dieta diária também deve incluir alimentos ricos em cálcio como leite, queijos e iogurtes. Suplementos de cálcio e vitamina D são recomendados para manter a massa óssea, especialmente nos pacientes cujas dietas são pobres em leite e laticínios e que tomam pouco sol. Caminhar, andar de bicicleta, nadar e correr são atividades fundamentais para manter o tônus muscular e prevenir a osteoporose. É importante lembrar que antes de praticar qualquer atividade física, é necessário consultar um médico.
